Diretor de marketing diz que Palmeiras e São Paulo estabeleceram teto que prejudica negociações
A crise econômica mundial e o valor que os dois principais rivais fecharam os seus patrocínios estão atrapalhando o Corinthians na busca por parceiros. A constatação é do diretor de marketing Luiz Paulo Rosenberg, que depois de algum tempo afastado da mídia conversou com o Jornal da Tarde na madrugada de quinta, depois da vitória do Corinthians por 2 a 0 sobre o Botafogo."Está bastante difícil fechar por um valor que nos agrade. As empresas só estão cortando. A crise atrapalhou bastante em um ano que prometia ser muito bom."
Ele se refere à chegada do atacante Ronaldo, que antes de ter sido uma contratação técnica foi uma estratégia de marketing. Com ele, a diretoria imaginou que fecharia o maior contrato de patrocínio da história do futebol brasileiro.
Chegou perto disso, ao negociar com uma telefônica árabe que prometeu pagar US$ 15 milhões (R$ 34,4 milhões). Mas a empresa não conseguiu criar um braço brasileiro e desistiu de investir pesado no País. As outras negociações estão arrastadas e um acordo adiantado com a Caixa Econômica Federal foi por água abaixo depois de revelado pela imprensa. O banco entendeu que investir em um clube apenas seria propaganda negativa, já que patrocina a Timemania, a loteria do futebol.
"Outra situação que nos atrapalhou foi o valor fechado por São Paulo e Palmeiras (cerca de R$ 15 milhões por ano). É criado um teto que atrapalha. Acredito que eles tenham sido um pouco afobados."
PATROCÍNIO DE OPORTUNIDADE
Sem acordo com o patrocinador anual, o Corinthians apelou para o chamado marketing de oportunidade. Empresas pagam valores bem menores para divulgar sua marca em jogos específicos. Foi assim com a Ford, Vivo e Locaweb contra o Estudiantes e desta última empresa contra Barueri e Bragantino. Rosenberg não gostou da iniciativa e garantiu que não será repetida. Até fechar com patrocinadores, o time alvinegro entra em campo com camisa limpa. "Não é algo que pretendemos repetir, porque você desvaloriza sua marca."
Quando questionado pela reportagem se ainda é possível pensar em R$ 20 milhões para o patrocínio principal, Rosenberg sorri. "A marca Corinthians é muito forte. Estamos trabalhando pensando no mínimo nisso. Mas é preciso ter muita paciência neste momento."
O dirigente não quis fixar um prazo para o acordo ser selado. "Acredito que em dez dias vamos ter algo fechado." Mas existe alguma empresa engatilhada? "Difícil falar. São detalhes que definem essas negociações, e não tem como prever quando está próximo ou não."
Um novo nome cogitado foi excluído das possibilidades. A Pepsi, que já foi parceira em 2003 e 2004, não pode fechar acordo porque o Corinthians já tem contrato com a Coca-Cola, que fornece bebida ao clube e aparece nos banners.
Estadao.com







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