Campeonatos Paulista - 1951/1952

Rato treinou a equipe durante todo o Campeonato Paulista de 1951 e conseguiu dar uma grande alegria para a torcida corintiana, quando levou o Timão ao título estadual. Façanha que o clube não alcançava desde 1941.

Nunca, em toda a história, o Corinthians teve um ataque tão forte e arrasador quanto o do Paulistão de 51. Com Cláudio, Luizinho, Baltazar e Carbone, o Timão passou como um rolo compressor em cima de seus adversários e alcançou a incrível marca de 103 gols em apenas 28 partidas. Até então, apenas o Santos, em 1927, havia ultrapassado a marca dos 100 gols.

Com uma campanha quase perfeita, o Timão não encontrou qualquer equipe que pudesse tirar do Parque São Jorge o esperado título paulista. Nos 28 jogos, o alvinegro venceu 24 e perdeu apenas dois.

Um deles, no entanto, arranhou um pouco a imagem da vitoriosa campanha. No dia 25 de novembro, a Portuguesa bateu o Timão por 7 a 3 no Pacaembu. O goleiro Gilmar saiu de campo acusado como o culpado pela derrota. Assim, o futuro bicampeão do mundo foi barrado do time e só voltou em 1952. Entre as goleadas a favor, o Corinthians aplicou um 9 a 2 no Comercial, 7 a 1 no Jabaquara, 7 a 2 no Juventus e ainda 4 a 0 no São Paulo, time que o Corinthians não vencia havia cinco anos.

No jogo decisivo, mais um show corintiano. Jogando no Pacaembu, contra o Guarani, ganhou por 4 a 0 e sagrou-se campeão com duas rodadas de antecipação.

Na última rodada, para fechar com chave de ouro a conquista, o Corinthians derrotou o rival Palmeiras por 3 a 1.

O atacante Carbone, autor do centésimo gol, terminou o campeonato como principal artilheiro, ao anotar 30 gols.

Além de Carbone, mais dez jogadores colaboraram para que a equipe chegasse a inédita marca dos 103 gols: Baltazar, com 24 gols; Cláudio, 18; Luizinho, 13; Jackson, 10; Colombo e Nelinho, com dois cada; e Idário, Mário, Roberto e Sula, com um gol cada.



















O ataque dos 103 gols
Da esquerda para a direita: Cabeção, Baltazar, Touguinha, Jackson, Lorena, Murilo, Idário, Carbone, Julião, Luizinho, Cláudio e o técnico José Castelli (o Rato)


Embalado com a magnífica conquista, o Corinthians começou o ano seguinte disposto a repetir a mesma façanha do Paulistão de 1951.

Como contava com a mesma equipe, o sonho não parecia ser impossível. Esforçados, os jogadores até tentaram, mas não conseguiram chegar a marca dos 103 gols novamente. Porém, chegaram perto: em 30 jogos, a equipe fez 89 gols. Baltazar, artilheiro do campeonato, marcou 27 deles.

Aliás, em um só partida, o atacante marcou 5 gols, na goleada por 6 a 0 em cima do XV de Jaú. Com isso, ele tornou-se, ao lado de Teleco e, mais recentemente de Fernando Baiano, um dos raros jogadores que marcaram cinco vezes na mesma partida.

Nos anos 20 e 30, Teleco fez cinco gols em três partidas: 8 a 1 no Bahia, em 1926, 8 a 3 no Paulistano em 1937 e 6 a 2 no SPR, também em 37.

O bicampeonato paulista não ficou marcado pelo jogo decisivo, mas sim pelas vitórias emocionantes, como a de 6 a 4 no Palmeiras, e a virada espetacular por 3 a 2 no Tricolor. Aliás, esse jogo contra o São Paulo serviu apenas para ratificar a conquista. Na rodada anterior, mesmo perdendo para o XV de Jaú, o Timão já havia garantido a festa de seu 14ª título paulista, um recorde.

O goleiro Gilmar, que estava na reserva de Cabeção, retomou a posição. Assim como os zagueiros Homero e Olavo e os médios, Idário, Goiano e Roberto, que participaram da campanha dos título de 1951 e 1952. Carbone, com 20 gols, também brilhou na conquista ao lado dos outros atacantes Cláudio, Luizinho e Rafael.




Campanha: Campeonato Paulista de 1951
Jogos: 28
Vitórias: 24
Empates: 2
Derrotas: 2
Gols Feitos: 103
Gols Sofridos: 38

Campanha: Campeonato Paulista de 1952
Jogos: 30
Vitórias: 25
Empates: 2
Derrotas: 3
Gols Feitos: 89
Gols Sofridos: 33


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