NOTA OFICIAL DE ESCLARECIMENTO

Prezados associados, torcedores e profissionais da imprensa,

O caminho para alcançar a democracia é sempre tortuoso, difícil, longo.

O Corinthians ainda dá seus primeiros passos nesta estrada. Depois de anos vivendo sob um regime autoritário, as novas regras causam espanto, alguns incômodos e dificuldades de compreensão.

Definitivamente, não é do dia para noite que uma mudança tão radical será absorvida e aceita por todos.

A reportagem publicada na data de hoje pelo jornal Folha de São Paulo, cruelmente intitulada de “Resgate de sócio põe sob suspeita pleito corintiano”, é um exemplo do desconforto que a mudança de regras antigas e arraigadas provocam.

Vamos aos fatos.

O Corinthians aprovou, em 22/09/08, pela vontade da maioria esmagadora de seus associados, um novo Estatuto Social que, dentre outras determinações:

a) assegura o voto direto do associado (artigo 45, I);

b) garante que terão direito a voto apenas aqueles associados que estejam quites com as contribuições associativas até dois meses antes do pleito (artigo 44, §1º);

c) proíbe a concessão de anistia a associados no período de 12 meses anteriores à eleição (artigo 44, §3º).

Todas estas medidas são novas e têm por escopo, além de democratizar a escolha dos dirigentes, dificultar o indevido uso da máquina administrativa na busca por votos.

Quem participou de outras eleições no Corinthians, lembra-se das anistias concedidas à mão, no ato da eleição, a depender, apenas, da camiseta vestida pelo, até então, devedor.

Há mais. Muito mais.

Foi criada uma Comissão Eleitoral, absolutamente independentemente, integrada por pessoas que não têm vínculos com nenhum dos candidatos. A Comissão Eleitoral assumiu integralmente o comando do processo eleitoral. Destaque-se que tal Comissão é presidida por um Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, secretariada por outro e composta por Conselheiros de reputação inabalável.

A Comissão Eleitoral deliberou a entrega da lista dos associados aptos a votarem em 14 de fevereiro de 2009 aos pré-candidatos. A entrega foi feita logo após fechada a lista de votação, congelada em 15 de dezembro de 2008, dois meses antes da eleição (art. 44, § 1o do Estatuto Social do Clube).

O objetivo desta entrega antecipada era o de, justamente, que todos os candidatos fiscalizassem a lista. A idéia era a fiscalização mútua e recíproca.

Afinal, o cadastro do Clube é antigo e, reconheça-se, cheio de falhas decorrentes da desídia das gestões anteriores. Esta é uma verdade da qual não se pode fugir e a atual Diretoria vem trabalhando incessantemente para sanar todas as desconformidades.

Esta é a razão pela qual, aliás, o novo Estatuto determina o recadastramento dos associados remidos e a Comissão Eleitoral estendeu tal recadastramento também aos associados patrimoniais.

Mais ainda, sempre com o escopo de dar segurança e modernidade, foi contratada a mesma empresa de urnas eletrônicas que presta serviços ao TRE.

Pois bem. Na última sexta-feira, dia 30 de janeiro, foi realizada uma grande reunião pela Comissão Eleitoral, com a presença dos candidatos e respectivas assessorias, além do responsável pelas urnas eletrônicas.

Como o objetivo maior é regularizar o cadastro, pois é do interesse de todos, o trabalho apresentado por um dos candidatos na referida reunião foi muito bem aceito e, deliberou-se, então, que os técnicos contratados por tal candidato reunir-se-iam com os demais assessores e os técnicos da Omnysis, empresa responsável pelo cadastro do clube, sendo que todas as dúvidas relativas ao cadastro seriam – e serão! – dirimidas até a data da eleição. Somente poderão participar do pleito os associados que cumprirem rigorosamente as exigências estatutárias. Simples assim.

Falar em anistia, como consta de declarações reproduzidas pela reportagem da Folha de São Paulo, é delírio, extremamente leviano e ofensivo à toda comunidade de associados do Sport Club Corinthians Paulista.

Na verdade, já está na hora de se parar com este discurso panfletário, desonesto, paranóico, constrangedor, apelativo, de que há fraude em tudo relativo ao Corinthians! Discurso que é sempre feito sem qualquer base empírica. Duvida-se porque se quer, por prazer, por hábito, por costume ou por má-fé mesmo.

É curioso que algumas pessoas que hoje reclamam tenham se calado durante as gestões anteriores, época em que as eleições eram indiretas, sem urna eletrônica, sem o comando de uma Comissão Eleitoral, com a permissão indiscriminada de anistias, sem que os candidatos tivessem acesso antecipado à lista de eleitores, etc.

O Corinthians está mudando e tem gente que não se acostuma com a idéia. Só não vê quem não quer.

Fonte: Nota Oficial

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