Flávio Minuano


Flávio deixou muita saudade no Parque São Jorge. Nada a se estranhar para um atacante que marcou 166 gols pelo alvinegro, um dos quais ficou imortalizado. No dia 06 de março de 1968, contra o Santos, jogo que terminou com vitória corintiana por 2 a 0 e encerrou um tabu de 11 anos sem triunfos do clube do Parque São Jorge sobre o peixe em campeonatos paulistas

FLÁVIO MINUANO

Flávio Minuano, o Flávio Almeida da Fonseca, ex-centroavante do Internacional, Corinthians e Fluminense, nos anos 60 e 70, mora na zona leste de São Paulo, na Cidade Tiradentes, e trabalha no projeto de Badeco (ex-Lusa e Timão) chamado "Craque De Sempre". Flávio dá aulas para jovens jogadores no Parque do Carmo e em Ermelino Matarazzo, também na zona leste da capital paulista. Também trabalhou como professor das escolinhas de futebol do Monte Líbano (SP) por 13 anos.


Em pé: Jair Marinho, Dino Sani, Galhardo, Ditão, Édson e Heitor. Agachados: Garrincha, Nair, Flávio, Tales e Gílson Porto. A imagem foi colhida pelo saudoso fotógrafo Sarkis.

Flávio, que nasceu no dia 9 de julho de 1944, em Porto Alegre, é pai de quatro filhos: três moram em Porto Alegre e um na Alemanha. Ele começou a carreira no Internacional, equipe na qual jogou de 1961 a 1963 e depois em 1975 e 1976. Transferiu-se para o Corinthians em 1963, ficando no Parque São Jorge até 1969.

Segundo o Almanaque do Timão (de Celso Unzelte), Flávio marcou 166 gols pelo alvinegro, sendo um deles na histórica vitória sobre o Santos, em 1968, quebrando um longo tabu sem vitórias sobre o time da Vila Belmiro (veja acima a formação desse histórico Timão - a foto histórica é do dia 10 de março de 1968, um domingo, mas o jogo do tabu foi 4 dias antes, numa quarta-feira à noite no estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembú).


Em mais um São Paulo x Corinthians, no Pacaembu, Flávio tenta marcar para o Timão. O capitão são-paulino Bellini observa. E o goleiro? Seria Suli?

O centroavante também brilhou no Fluminense, onde foi campeão carioca de 1969. Flávio também jogou no Porto de Portugal, de 1972 a 1975, Pelotas (RS), em 1976, Santos, em 1977, Figueirense, em 1978, Brasília (DF), em 1979, e Jorge Wilstermann, da Bolívia, em 1981.

Flávio foi um dos 47 jogadores convocados, pelo técnico Vicente Feola, para o período de treinamento que visava conquistar a Copa da Inglaterra e, consequentemente, o tricampeonato mundial de futebol. Infelizmente deu tudo errado.


Flávio, com a bola, durante treino da Seleção Brasileira em 1966. Atrás, apitando a "pelada", Paulo Amaral. Com as mãos na cintura aparece o eterno capitão Bellini. A foto foi tirada por Jader Neves.


Vejam a Seleção Brasileira em amistoso no Maracanã em 1965. Reprodução de foto publicada no saudoso jornal "A Gazeta Esportiva". Em pé estão Djalma Santos, Bellini, Manga, Orlando, Rildo e Dudu; agachados estão Mário Américo, Garrincha, Ademir da Guia, Flávio, Pelé e Rinaldo

Os 47 jogadores convocados, devido a forte pressão dos dirigentes dos clubes, para o período de treinamento em Serra Negra (SP) e Caxambu (MG) como preparação para a Copa de 66, na Inglaterra, foram: Fábio – São Paulo, Gylmar – Santos, Manga – Botafogo, Ubirajara Mota – Bangu e Valdir – Palmeiras (goleiros); Carlos Alberto Torres – Santos, Djalma Santos – Palmeiras, Fidélis – Bangu, Murilo – Flamengo, Édson Cegonha – Corinthians, Paulo Henrique – Flamengo e Rildo – Botafogo (laterais); Altair – Fluminense, Bellini – São Paulo, Brito – Vasco, Ditão – Flamengo, Djalma Dias – Palmeiras, Fontana – Vasco, Leônidas – América/RJ, Orlando Peçanha – Santos e Roberto Dias – São Paulo (zagueiros); Denílson – Fluminense, Dino Sani – Corinthians, Dudu – Palmeiras, Edu – Santos, Fefeu – São Paulo, Gérson – Botafogo, Lima – Santos, Oldair – Vasco e Zito – Santos (apoiadores); Alcindo – Grêmio, Amarildo – Milan, Célio – Vasco, Flávio – Corinthians, Garrincha – Corinthians, Ivair – Portuguesa de Desportos, Jair da Costa – Inter de Milão, Jairzinho – Botafogo, Nado-Náutico, Parada – Botafogo, Paraná – São Paulo, Paulo Borges – Bangu, Pelé – Santos, Servílio – Palmeiras, Rinaldo – Palmeiras, Silva – Flamengo e Tostão – Cruzeiro (atacantes).

Dos 47 convocados por Vicente Feola, para esse infeliz período de treinamentos, acabaram viajando para a Inglaterra os seguintes 22 "sobreviventes": Gylmar e Manga (goleiros); Djalma Santos, Fidélis, Paulo Henrique e Rildo (laterais); Bellini, Altair, Brito e Orlando Peçanha (zagueiros); Denílson, Lima, Gérson e Zito (apoiadores); Garrincha, Edu, Alcindo, Pelé, Jairzinho, Silva, Tostão e Paraná (atacantes).


Corinthians anos 60. Em pé:Oswaldo Cunha, Ditão, Diogo, Edson Cegonha, Luís Carlos Galter e Maciel. Agachados: Marcos, Tales, Flávio, Rivellino e Eduardo.

Mais de 1000 gols

Pelé e Romário não são os únicos jogadores brasileiros a terem feito mais de 1000 gols. Flávio Minuano garante também ter atingido a marca. "Realmente fiz mais de 1000 gols. E essa marca é um orgulho pra mim. Só estrou atrás do Pelé em números de gols marcados aqui no Brasil", fala Minuano.


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