Wladimir

Wladimir, um dos maiores símbolos da história do Corinthians

Um dos maiores símbolos da história do Corinthians, recordista em jogos com a camisa do Timão, Wladimir Rodrigues dos Santos, o Wladimir, vive em São Paulo (SP). Pai do lateral-direito Gabriel, que começou no São Paulo, ele cuida dos interesses do filho e costuma bater uma bolinha no time de veteranos do Timão. "Também sou pai de Ludmila e Júlia, porque se eu não falar elas ficam com ciúmes", brinca. Em 2008, ele se candidatou a vereador pelo PC do B, de São Paulo, mas não conseguiu se eleger. Recebeu aproximadamente seis mil votos.

Wladimir começou a carreira nas categorias de base do Corinthians. A primeira chance de jogar no profissional apareceu em 1972, quando o técnico era Duque. Mas somente em 1973 o lateral se firmou como titular, dono absoluto da camisa 4.

Com ele na equipe de 77, o Corinthians acabou com o jejum de títulos, que durava desde 1954. Wladimir, ao lado do lateral-direito Zé Maria, do meia Basílio, dos pontas Romeu e Vaguinha, do meia Palhinha, do volante Ruço, entre outros, conquistaram a Fiel torcida aliando raça e técnica na equipe comandada por Oswaldo Brandão.

Wladimir também fez parte do time corintiano campeão paulista de 1979 e bicampeão estadual em 1982 e 1983. E foi justamente nesta época vitoriosa que Wladimir mostrou também ser um líder. Ele foi um dos idealizadores da "Democracia Corintiana", movimento criado pelos atletas corintianos durante os anos de 82 e 83 e que tinha como um de seus principais líderes o meia Sócrates. "Costumo dizer que joguei o futebol antes e depois da Democracia Corintiana", diz o ex-lateral.

Em 1985, logo após o fracasso da equipe no Campeonato Brasileiro, Wladimir deixou o Parque São Jorge. Seguiu por empréstimo para a Ponte Preta e para o Santo André e retornou ao alvinegro dois anos depois.

No segundo semestre de 1987, Wladimir chegou a ser adaptado como quarto-zagueiro, já que Dida era o lateral-esquerdo titular. A improvisação acabou não dando certo. Depois de 805 jogos (372 vitórias, 256 empates e 177 empates) e 32 gols _números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte_, Wladimir deixava em definitivo o Corinthians. "Tenho muito orgulho por ser o jogador que mais vezes vestiu a camisa corintiana. E foram muitas partidas porque entrava em campo com tornozelo machucado, com febre...", orgulha-se.

Antes de encerrar a carreira, o lateral chegou a atuar por duas grandes equipes do futebol brasileiro: o Cruzeiro e o Santos, time de infância do jogador.


A Invasão da Fiel

Wladimir confessa que o jogo contra o Fluminense, no dia 5 de dezembro de 1976, foi o momento mais marcante de sua carreira no Corinthians. "Realmente eu nunca vivi algo como naquele dia em 1976", fala o lateral.

A Fiel torcida tomou aproximadamente 70 mil lugares do Maracanã na partida semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976. "E o mais interessante é que até torcedores são-paulinos, palmeirenses e santistas fizeram parte da nossa torcida. Eles queriam fazer parte daquele movimento. Hoje é impossível isso acontecer", completa o ex-camisa 4.



Corinthians 10 x 1 Tiradentes (PI) Wladimir deixou seu gol na maior goleada da história do Campeonato Brasileiro



FICHA TÉCNICA

Nome: Wladimir Rodrigues dos Santos
Nascimento / local: 29/08/1954 - São Paulo - SP
Período em que jogou no Corinthians: 14 anos (de 1972 à 1985 e em 1987)
Jogos: 803
Gols: 34
Média: 0,04 gol/jogo
Títulos: 4 Campeonatos Paulista (1977, 79, 82 e 83)

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