O verdadeiro freguês!

Preto e branco nas ruas, em todos os cantos do Brasil. Foi assim que amanheceu essa segunda-feira dia 20 de abril. (a rima foi espontânea)
No último post do meu blog pessoal, após a primeira vitória do Corinthians diante do São Paulo no Pacaembu, válida pelo primeiro jogo das semifinais do Paulistão, eu ressaltei que apesar de termos superado todos os obstáculos encontrados e ganho de um adversário prepotente, arrogante e todos os 'adjetivos' que os leitores conhecem, deveríamos manter os pés no chão, pois apesar do primeiro passo uma boa caminhada ainda nos esperava pela frente.

E realmente tinha que ser assim, porém, não ha como negar que em função de todas humilhações que passamos nos últimos anos, aquela vitória no Pacaembu foi como reviver o inédito título Brasileiro de 1990, ganho sobre nosso eterno freguês, ou talvez, aquela vaguinha na final da Copa do Brasil de 2002, ou quem sabe até, o próprio titulo Paulista de 2003.
Era quase impossível manter os pés no chão, o grito já estava engasgado. Essa minha cautela ou superstição de esperar as coisas acontecerem, particularmente me incomoda em certos momentos. Confesso, foi difícil ter que esperar até ontem pra poder afirmar com toda certeza que em jogos decisivos contra o São Paulo, a final é única... Sempre dá Corinthians.
A lenda criada nos últimos anos entre os simpatizantes são-paulinos de que ironicamente nos chamavam de 'fregueses', nada mais foi que, uma tentativa de esconder debaixo dos tapetes a realidade oposta, e vale ressaltar que esconder a sujeira embaixo dos tapetes é com eles mesmos.

Após o primeiro jogo, veio os são-paulinos com todas aquelas desculpas previsíveis de todos os clássicos contra o time do Jardim Leonor. Julgaram impiedosamente o juiz por não ter expulsado Ronaldo em uma entrada dura em André Dias. Quiserem punir severamente Cristian, pelo gesto obsceno que fez à pequena torcida são-paulina, o que na verdade todos sabem, não passa de uma peça teatral, pois o que queriam punir realmente foi o golaço salvador e indigesto nos últimos segundos de jogo.

Na semana que antecipou o segundo confronto das equipes, polêmicas não faltaram novamente...

O vice-presidente de futebol do São Paulo, Carlos Augusto Barros e Silva, referiu-se ao Fenômeno como ''ex-jogador''. Uma lamentável atitude do dirigente de um clube que se diz 'superior' aos demais, e que mais uma vez teve comportamento típico de time pequeno. Tão pequeno a ponto de não se lembrar da pífia pergunta que fez o presidente do Flamengo em 2005, Marcio Braga, quando perguntou aos repórteres quem era Carlitos Tevez, dias que antecipava o confronto dos dois maiores clubes do Brasil. Não deu outra, Tevez fez questão de apresentar-se ao cartola marcando dois gols, e dando aula de futebol para a torcida flamenguista em pleno Maracanã.

O mesmo aconteceu com o Goiás ano passado pela Copa do Brasil. E ontem, no Morumbi, Ronaldo fez a jogada do primeiro gol corintiano, e marcou um golaço dois minutos depois, após um belo lançamento de Cristian, o carrasco do primeiro jogo. Mostrando a Leco, que o único recente 'ex-jogador' de futebol é Adriano, o ex-imperador do Morumbi.

Podem menosprezar, pode desenterrar o ainda tão falando 'campeonato manipulado de 2005', podem tentar nos atingir com cansativos argumentos de 'Libertadores e Mundiais', podem dizer que campeonato Paulista vale pouco, falem o que quiserem, afinal como já disse, essas insanidades nós tiramos de letra e cada um chora como quer. Entretanto, essas desculpas são tão previsíveis quanto ganhar do São Paulo em decisão. E cá entre nós, já estão mais mastigadas que os chicletes do Murici.

Somos e sempre seremos o Corinthians, que não tem medo de jogar na casa de ninguém, que não faz o possível para transferir mando de jogos do adversário para outro estádio, por medo de enfrentar a pressão. Nem quando os anfitriões são os falsos bons moços, donos da casa que está mais que oficializado, é o nosso salão de festas! Onde a gente chega, faz a festa e manda embora quem ainda não aprendeu a festejar.

Semana que vem tem mais, hora de mostrar também a Marcelo Teixeira, que o time
'de segunda divisão' não treme em decisão.


Tatiane Araújo