A equipe do Corinthians entrou em campo na quarta-feira (01/05) pela 7ª batalha da Copa Libertadores da América. A partida era válida pelas oitavas de final da competição e envolvia o Boca Juniors. Isso mesmo aquele mesmo time que vencemos em 04 de julho de 2012 e nos sagramos campeões da América.
Dessa vez estávamos mais fortes com reforços de Paolo Guerrero e Pato, mas a falta de atitude e garra de todo o elenco nos fez cair diante de um time mediano e que não conseguia articular nenhuma jogada.
Antes do jogo muito se falou, e víamos nas declarações dos argentinos que eles estavam mordidos devido a derrota do ano passado. A torcida adversária, como sempre, lotou La Bombonera e apoiou o seu time do início ao fim.
O Boca Juniors teve um maior volume de jogo e ao invés de pressionarmos os zagueiros para forçamos o seu erro, recuamos todos os jogadores para marcarmos em nosso campo de defesa, o que deu a possibilidade dos armadores adversários pensarem e armarem as jogadas. Tanto que aos 35 minutos Burdisso, em jogada aérea, quase abriu o placar, mas a bola passou por cima de nossa meta.
Sheik e Romarinho tentavam jogadas mais contundentes, mas estavam sendo cassados em campo, uma vez os argentinos lembravam das partidas do ano passado. Danilo começou a arriscar de fora da área, mas sem levar muito perigo ao adversário. Guerrero também tentava segurar a bola na frente, e sempre de cara fechada levava pancadas e não reclamava.
Aos 42 minutos a bola foi alçada em nossa área, mas Cássio se antecipou bem a Blandi, assim evitando que o adversário abrisse o placar.
No segundo tempo o adversário sabia que precisava levar pelo menos alguma vantagem para São Paulo, pois em nossa casa a conversa é bem diferente. Por isso o Boca Juniors começou a nos pressionar, e nós voltamos irreconhecíveis como diversos erros de passe de Ralf, Paulinho, Fábio Santos, Romarinho e até mesmo Danilo, que aos 10 minutos teve de ser substituído devido a ter sentido uma lesão, em seu lugar entrou Jorge Henrique.
Sabíamos que o Boca era um time muito limitado, mas deixamos a equipe deles jogar a vontade e não esboçamos nenhuma reação, já que estávamos apáticos e não víamos a hora da partida acabar. Sanchez Miño arriscou duas vezes de fora da área, mas aos 13 minutos Erbes chutou cruzado, Blandi aproveitou que Fábio Santos e Paulo André ficaram pedindo impedimento, ao invés de irem de encontro a bola, e tocou por baixo de Cássio que saiu para tentar abafar. Estava aberto o placar.
A tendência com o gol era que encontrássemos o caminho e buscássemos o empate, por isso mesmo Romarinho foi pra cima e arriscou chute, que precisou de milagre do goleiro Orión. Na jogada seguinte Guerrero calculou e chutou no contrapé do goleiro adversário, mas a bola foi caprichosa e bateu na trave. Na sobra Paulinho isolou a bola.
Depois desses dois lances morremos em campo novamente, com erros de passes, vacilos e contra-ataques dos argentinos.
Até o professor Tite começou a vacilar, porque tirou Romarinho, um dos mais conscientes em campo e que estava armando o time depois da saída de Danilo, para a entrada de Alexandre Pato. Muito bem Guerrero, Sheik, Pato e Jorge Henrique na linha de frente da equipe, mas quem armava as jogadas? Não tínhamos o jogador em campo, e precisou de chegar aos 42 minutos para o Tite observar isso. Mas continuou a fazer a substituição errada, porque tirou Ralf e colocou Douglas, dessa maneira expondo o nosso setor defensivo.
Ledesma ainda fez o segundo gol do Boca Juniors, mas o árbitro, corretamente, anotou impedimento. E o jogador ainda foi expulso, porque na comemoração do “gol” tirou a camisa e em seguida fez falta dura em Ralf.
Sem demonstrar nenhum tipo de vontade, o jogo acabou com 1 a 0 para o Boca Juniors, e o aprendizado que precisamos ter humildade e garra em todos os jogos, porque senão seremos engolidos pelos adversários.
Agora o Corinthians entra em campo no domingo (05/05), às 16h, contra o São Paulo pelas semifinais do Campeonato Paulista. Na semana seguinte descansa no meio de semana e voltará a enfrentar o Boca Juniors na quarta-feira (15/05), às 22h, no Pacaembu, que promete estar lotado.
Cássio – Inseguro. Voltou nessa partida e apesar de ter feito boas defesas, teve momentos de inseguranças. Nota: 6.
Alessandro – Sem atitude. Na defesa até que se comportou muito bem, mas não conseguiu passar do meio de campo com eficiência. Errou muitos passes. Nota: 6.
Gil – Bom. Desarmou muito bem e fez diversas faltas, o que também não é de seu feitio. Para mim ele foi bem e apesar de muitos falarem que ele falhou no gol, não vejo assim. Nota: 8.
Paulo André – Fraco. Muito lento o atleta falhou no momento do gol e errou passe que quase possibilitou o adversário marcar o segundo tento. Ainda fico com Chicão em seu lugar. Nota: 5.
Fábio Santos – Limitado. Não passou do meio de campo e no momento do gol ficou somente olhando o adversário, e se esqueceu que era sua função fechar no meio da área. Nota: 5.
Ralf – Irreconhecível. Começou a partida bem, mas depois foi dando chutões, falhando na marcação e errando muitos passes. Nota: 5.
Paulinho – Pode mais. Apesar de nosso sistema ofensivo ter mudado, ele ainda tem condições de aparecer como ‘homem-surpresa’, mas não fez nessa partida e nenhum chute ao gol tentou. Jogador de seleção e que quer disputar Copa do Mundo tem que ser diferenciado. Nota: 5.
Danilo – Apagado. Enquanto esteve em campo conseguiu segurar algumas bolas na frente e arriscou dois chutes ao gol. Nota: 5.
Romarinho – Consciente. No primeiro tempo começou jogando de costas para o adversário, mas depois foi evoluindo. Arriscou chute perigoso ao gol e com a saída de Danilo assumiu a armação da equipe, entretanto o professor Tite o sacou injustamente. Nota: 8.
Émerson Sheik – Médio. No primeiro tempo foi bem com dribles e jogadas individuais, mas na etapa complementar morreu e deveria ter saído. Nota: 6.
Paolo Guerrero – Bem. Começou a partida demonstrando o seu poder de domínio, mas o Alessandro não entendeu a jogada. Fez o pivô, saiu pelos lados, buscou o jogo, discutiu com o adversário e permaneceu de cara fechada. Quase fez o gol, mas a bola foi caprichosamente na trave. Nota: 9.
Jorge Henrique – Pouco. Entrou em campo, fez alguns dribles e ajudou na marcação. Pouco para um jogador que quer ser titular. Nota: 5.
Alexandre Pato – Sem comentários. Só entrou, andou em campo e tocou duas vezes na bola. Nota: 3.
Douglas – Entrou. Sem nota.
Tite – Tudo errado. Para começar não conseguiu motivar a equipe em campo para jogar tudo que pode. Fez todas as substituições erradas, porque não podia tirar o Romarinho para colocar o Pato, pois assim deixou o time sem armador. Depois colocar o Douglas, no final, para tirar o Ralf deixou o time exposto, assim poderíamos ter sofrido o segundo gol, e complicaria para o jogo de volta. Mas tem crédito com a nação corinthiana. Nota: 5.
Fiel Torcida – Presente. Mesmo não podendo estar no campo do adversário se fez presente por mais uma vez em La Bombonera, mascarada e escondida, mas se fez presente. Nota: 10.








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